segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Minha Heroína

Era uma vez uma menina que se esforçava ao máximo para ajudar sua família. Seu pai, sua mãe, sua irmã e seu irmão e todos que dela precisava. Essa menina cresceu na pobreza, tendo como refeição principal, fubá. Tendo como sonho principal, mudar de vida e com isso levar todos os entes queridos com ela. Uma menina que morava em um morro, lugar onde moravam famílias que necessitavam quase tudo. Comida, dinheiro, esperança. Ela quando muito jovem ficava ao pé do morro e ajudava senhoras e pessoas a subirem com peso, compras ou qualquer outra coisa para ganhar alguns trocados. Seus ídolos e paixões estavam sempre com ela, fixado numa parede feia. O papel sempre atraiu baratas, mas o que importava? Ali estava o seu cantinho, o cantinho que a libertava do mundo em que vivia. Sonhos existiam aos montes, realidade? Nem tanto. Na verdade a realidade era bem cruel. Mas como toda família de classe baixa, tem um ensinamento muito básico e fundamental. Caráter. Foi assim que minha heroína cresceu. Sofrendo, lutando, se sacrificando pelos outros. Perdeu parte de sua infância tentando ajudar a quem precisava. Seus pais, seus irmãos, seus primos. Tudo foi muito difícil durante esse tempo. Foi quando com 15 anos ela conseguiu uma oportunidade de Deus e começou a trabalhar num Cartório de Justiça. Como todos sabem cada Cartório costuma tratar assuntos diferentes. Em algum tempo minha heroína aprendeu todos esses assuntos. Porque sempre se deu ao máximo e tentou ser a melhor, porque além de qualquer, ela precisava muito. Aos poucos foi construindo seu castelo, sim castelo. Não feito apenas de concreto. Feito acima de tudo de sonhos. Conquistou sua casa própia, sua família. Esse era seu castelo, seu sonho. Infelizmente com o tempo entes queridos vieram a falecer. O que a marcou para sempre, mas que dava mais força para continuar e provar algo a si mesma. Sempre tentando se superar e fazer por merecer algo mais. Mais alto, mais digno, sem nunca pisar nos outros, sem nunca prejudicar alguém para o bem próprio. Ela sofreu, ela caiu algumas vezes mas sempre teve força para se levantar. depois de mais de 2 décadas de trabalho pesado e árduo foi submetida a uma das maiores humilhações após ser demitida por motivos absolutamente ridículos. Mas novamente se levantou e seguiu em frente. Hoje com 48 anos após uma vida de sofrimento e dor, sendo em casa, nos relacionamentos tanto conjugais quanto sociais. Após ser traída várias vezes tanto por amigos quanto por quem julgava ser amada. Se levantou novamente e provou que não importa a idade, não importa as dificuldades, seguindo a simples palavra ' a fé move montanhas '. Ela simplesmente moveu e removeu montanhas e hoje depois de tantos anos caindo e levantando, sendo exaltada e humilhada ela conquista um sonho. Sua independência tão esperada. Sem precisar de absolutamente ninguém para viver ela continua lutando pelos seus sonhos. Hoje uma Podóloga de alto nível, dedicada e competente, também apaixonada e fiel. Segue sua vida vencendo rebeliões e provando que tudo é possível ao que crer.
Esse é um resumo da história da minha heroína, minha mãe. Que embora não acredite que eu a amo e que eu faria qualquer coisa por ela. Eu insisto em louva-la pelos seus feitos. Hoje sou um jovem de 19 anos, tenho mais do que preciso. Convivo em círculos onde minha mãe nunca se atreveu a pisar os pés. Conheço todo tipo de gente e alcancei grandes conquistas. Estudei nos melhores colégios, curso minha faculdade. E tudo isso graças a uma garotinha batalhadora, porque é isso que ela é. Desde a década de 60 até o novo milênio. Ela continua a mesma batalhadora de sempre. Não importa quantas vezes ela cair, ela se levantará e conquistará mais uma vitória. Porque seu nome é Claudia Regina de Oliveira Pimenta, o mesmo nome daquela garotinha que sofreu tanto. Hoje é uma mulher vitoriosa. Deus seja louvado por tantos feitos. Um milagre ele fez. Eu. Um sonho, uma decepção talvez as vezes. Mas acima de tudo um sonho. Hoje ela tem uma família que a ama de paixão e acima de tudo a idolatra como uma heroína. Uma guerreira. Parabéns Claudia, você conseguiu! Continue aproveitando suas chances, hoje você tem mais uma. Abrace e seja feliz.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Mais um desabafo!

Me sinto deprimido quando olho para as minhas atitudes, quando olho para as coisas que eu digo, quando olho para as coisas que eu penso e desejo. Sim porque não é o que eu gostaria de fazer, dizer, pensar e desejar! São lembranças a maioria das vezes que machucam meu coração e me da muito ódio. Amores antigos, momentos esquecidos. Me incomoda muito o fato de eu gostar ou eu me preocupar ou sei la até mesmo de procurar alguém e essa pessoa não sentir a mesma coisa que eu. Se eu desligo o telefone ela não retorna, se eu não procuro ela não procura, se eu me preocupo ela não ta nem ai. Acho que não existe coisa pior do que se sentir sem valor algum. Desejei por muitas vezes voltar no tempo e mudar meu futuro. Deixar de conhecer alguém, deixar de dizer algo. Acho que eu seria mais feliz. Por me preocupar muito com todos eu acabo sempre me magoando. Mudei muito meu comportamento esses meses que vem passando. Eu era sempre rodeado de muitas pessoas de absolutamente todos os tipos e etnias. Sempre alegre e disposto a fazer qualquer coisa pra animar alguém ou alguma coisa. Sempre estava pronto e era o primeiro a dizer 'eu topo'. Mas essa alegria me foi tirada com tanta falsidade e falta de sentimento. Tive muitos inimigos em minha vida mas jamais odiei ou desejei o mal deles, posso ter um dia falado 'tomara que morra seu fdp'. Mas juro que não foi de coração. Jamais fui capaz de desejar mal a alguém! Vivo uns dias difíceis de viver. Lembro de coisas difíceis de lembrar e desejo morrer por alguns minutos. Ficar sem pensar em absolutamente nada. Apenas ter um apagão. Isso eu poderia sofrer esse mal. ia me fazer bem.. Afinal não costumam dizer que há males que vem para o bem?
Só queria ser neutrô, um mosquito, uma barata, algo insignificante pra todos. Porque sendo assim ninguém mais poderia me fazer mal.